sábado, 1 de novembro de 2014

A diarreia, o zinco e a vitamina A

        A deficiência de zinco é um problema mundial, mas, assim como a prevalência da diarreia, é difundida sobretudo entre cidadãos de países em desenvolvimento. A Organização Mundial de Saúde (OMS), em guia sobre o tratamento de diarreia, aponta a suplementação de zinco como ferramenta indispensável na redução desta patologia. 

          O zinco tem um importante papel no sistema imunológico, principalmente na redução de processos infecciosos, como diarreia e pneumonia. Inúmeros estudos comprovam a eficácia da suplementação de zinco na drástica redução da gravidade e da duração da diarreia em crianças menores de 5 anos de idade. Ademais, a continuação do tratamento por um período de 10 a 14 dias reduz a incidência dessa patologia por um período de 2 a 3 meses, demonstrando o poder curativo e profilático do zinco sobre a diarreia.


      Existe um ciclo vicioso entre a deficiência de zinco e a ocorrência de diarreia. Porquanto, ela provoca perdas intestinais deste mineral, fato que associado a uma dieta deficiente resulta em baixos teores séricos o que, por conseguinte, acaba por agravar ainda mais o quadro diarreico. Além dos motivos acima expostos, este agravo está relacionado com o papel do zinco na síntese da vitamina A, também envolvida na prevenção da diarreia.




        A hipovitaminose A causada pela carência de zinco faz que crianças com diarreia aguda ou persistente possam desenvolver rapidamente lesões oculares como, por exemplo, xeroftalmia. “Essa deficiência (de vitamina A) mesmo na forma subclínica, causa aumento de morbimortalidade infantil em função de um aumento no número de casos de infecção respiratória e de um aumento da gravidade dos episódios de diarreia.” ¹

       Estima-se que uma a cada três crianças no mundo sofram deficiência de algum micronutriente. O que as tornam mais propensas a apresentar patologias concomitantes, como a diarreia. Essas crianças habitam principalmente “áreas de baixo nível socioeconômico, tanto na área urbana quanto na rural, são deficientes marginais de micronutrientes, impossibilitadas de alcançar os seus potenciais físicos e mentais.” ²



Referências:






7 comentários:

  1. Gostei muito do post, principalmente por relacionar o tema do blog com a deficiência de micronutrientes, a chamada "fome oculta", que vem ganhando destaque no setor da saúde pública. Sobre a relação entre zinco e retinol e a importância de ambos no organismo, é válido acrescentar que "Estudos em animais demonstraram que a deficiência de zinco pode interferir na absorção intestinal de retinol.(...) Estudos em crianças mostraram o efeito sinérgico da suplementação tanto de zinco quanto de vitamina A em testes de adaptação ao escuro, melhora na citologia de impressão conjuntival (CIC), aumento de níveis séricos de retinol e diminuição da prevalência de diarréia e disenteria.". Assim, se reafirma a necessidade de estimular uma alimentação adequada entre as crianças, de modo a diminuir a ocorrência de doenças como a diarreia, e evitar uma série de outras sequelas associadas à deficiência dos macro e micronutrientes no organismo infantil.
    Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021-75572007000800006&script=sci_arttext&tlng=esja.org

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  2. A postagem deixou bem clara a íntima relação que a diarreia tem com a falta de zinco e de vitamina A. De fato a adição de Zinco na alimentação de crianças com diarreia reduz a duração da doença, previne contra o seu retorno e também evita que crianças com diarreia desenvolvam problemas visuais devido a carência de vitamina A ( que podem inclusive chegar á cegueira). Assim é importante que o governo estimule o consumo de zinco principalmente entre as camadas mais pobres da população, onde a doença é mais encontrada.

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  3. De acordo com o Guia da OMS (Organização Mundial de Saúde) (2005) sobre o tratamento da diarréia, esta patologia pode ser drasticamente reduzida através de duas medidas importantes: a nova formulação do SRO (Soro de Reidratação Oral) e a suplementação de zinco, responsável por diminuir a duração e gravidade da diarréia. A deficiência de zinco, como descrito por Sena e Pedrosa (2005), tornou-se um problema nutricional que abrange tanto países desenvolvidos como em desenvolvimento e envolve várias etiologias, dentre elas ingestão dietética insuficiente, diminuição da absorção ou aumento da excreção urinária (por fatores antinutricionais presentes nos alimentos, cirurgias no intestino, síndromes de má-absorção, doenças renais, doenças hepáticas crônicas, dentre outras).A deficiência de zinco, como descrito por Sena e Pedrosa (2005), tornou-se um problema nutricional que abrange tanto países desenvolvidos como em desenvolvimento e envolve várias etiologias, dentre elas ingestão dietética insuficiente, diminuição da absorção ou aumento da excreção urinária (por fatores antinutricionais presentes nos alimentos, cirurgias no intestino, síndromes de má-absorção, doenças renais, doenças hepáticas crônicas, dentre outras).A função imunológica desse mineral baseia-se, em parte, no seu papel como co-fator da timolina (o hormônio do timo), responsável por regular a conversão dos timócitos em linfócitos-T ativos. Além disso, a timolina afeta a taxa de proliferação desses linfócitos, via síntese de DNA e/ou de interleucina 2. Segundo Sena e Pedrosa (2005) o zinco estimula a atividade de enzimas envolvidas no processo de mitose, como a DNA e a RNA polimerase, timidina quinase, desoxiribonucleotidol terminal transferase e ornitina descarboxilase. As funções fisiológicas da vitamina A incluem manutenção da visão normal, crescimento e desenvolvimento ósseo, diferenciação do tecido epitelial e células ósseas, reprodução, estabilidade de membranas, proliferação e diferenciação celular e integridade do sistema imune. O β caroteno (considerado a pró-vitamina A) tem função antioxidante, pois combate a formação dos radicais livres no organismo. Diante da gravidade da diarréia, considerada um importante problema de saúde pública, que depende da integridade do sistema imunológico para ser amenizada ou até mesmo solucionada e da forte atuação do zinco e da vitamina A sobre a imunidade celular, é que se faz necessário pesquisar a eficácia e a influência desses dois nutrientes no tratamento da diarréia aguda e persistente.
    Referência: http://www.e-gastroped.com.br/mar09/zinco_vita_diarreia_persistente.htm

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  4. O zinco ajuda a reduzir a duração e gravidade da diarreia aguda e persistente em todas as crianças. Estudos que avaliaram a suplementação de zinco em crianças com o quadro de diarreia, comprovam que o zinco: diminui a diarreia, o tempo de diarreia e a duração da diarreia. A Organização Mundial de Gastroenterologia (OWG), Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) recomendam a suplementação de 20mg de zinco por 14 dias, para todas as crianças com diarreia. Esta medida, além de ser um fator curativo, é preventivo contra novos episódios de diarreia nos próximos 2 a 3 meses, como aborda o texto. Além disso, é relevante observar de como a carência de zinco leva à Hiporavitaminose A, deixando o organismo mais suscetível às diarreias.
    Referência: http://www.zinconadiarreia.com.br/

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  5. Muito interessante a relação do Zinco com o reforço na imunidade e na redução das diarreias. Importante também a sua relação com a Vitamina A e o desenvolvimento da xeroftalmia. As crianças são as grandes vítimas das carências de micronutrientes, pois ainda estão em fase de crescimento e desenvolvimento e as carências podem ocasionar distúrbios ou déficits prejudicando a sua qualidade de vida no futuro. Esse fato as coloca em posição de público alvo para a prevenção das carências de micronutrientes.

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  6. O Zinco é um micronutriente importante, entretanto, é sempre esquecido nas recomendações dietéticas. É importante para o metabolismo, atuando como co-fator de algumas enzimas digestivas, facilitando a absorção de proteína. A carência do zinco pode iniciar um déficit proteico e, dessa forma, alterar mecanismos fisiológicos dependentes de proteínas. A imunidade do indivíduo, por exemplo, fica bastante comprometida, o que resulta em maior complicação nos casos de diarreia e pneumonia. Referência : http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/equi20000921_resposta_zinco.shtml

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  7. A importância do zinco no organismo humano pode ser provada pelas mais de 300 enzimas dependentes das suas funções bioquímicas, que são catalíticas, estruturais e reguladoras. Os sintomas observados na deficiência deste elemento incluem lesões de pele, anorexia, retardo do crescimento, hipogonadismo e alteração na função imune. Além do citado no texto, o zinco também é muito importante para o crescimento, e para o homem é muito importante na fertilidade, já que a cabeça dos espermatozoides é composta por zinco, o que lhes permite boa mobilidade. O texto elucida então, os pouco conhecidos mas nefastos efeitos de quando a diarreia é uma realidade constante.

    Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732005000200009&script=sci_arttext

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