sábado, 22 de novembro de 2014

Diarreia por rotavírus


Os rotavírus são os agentes virais mais importantes associados às doenças diarreicas agudas, tanto em humanos quanto em outras espécies de mamíferos. Os episódios de diarreia que eles provocam podem variar de um quadro leve, com diarreia líquida e duração limitada, a quadros graves com febre, vômitos e desidratação. 

Conquanto os rotavírus possam infectar indivíduos de todas as idades, as infecções sintomáticas, isto é, as que provocam diarreia, geralmente, só acometem crianças de seis meses a dois anos de idade. Por isso, eles têm sido a principal causa de surtos de diarreia nosocomial e em creches e pré-escolas. Mas, como os rotavírus não atingem exclusivamente essa faixa etária, eles também estão associados a surtos esporádicos de diarreia em espaços fechados como escolas, ambientes de trabalho e hospitais.

“Os rotavírus, eliminados em grande concentração nas fezes infectadas, são transmitidos pela via fecal-oral, por água, alimentos e objetos contaminados, por pessoa a pessoa, e, provavelmente, secreções respiratórias, mecanismo que permite a disseminações explosiva da doença”. ¹ Os casos de diarreia por rotavírus se concentram em países em desenvolvimento, porém, a distribuição desses vírus é universal, eles infectam pessoas de todo o mundo, de distintas classes sociais. 

Estima-se que, anualmente, os rotavírus provoquem 130 milhões de casos de diarreia no mundo, dos quais dois milhões acarretam hospitalizações de crianças abaixo de cinco anos de idade, e desses 500 mil são levados a óbito. Só nos países em desenvolvimento mais de mil crianças morrem diariamente de diarreia por rotavírus. 




O elevado índice de morbimortalidade associado à diarreia por rotavírus, fez que ficasse evidente a necessidade de medidas urgentes para a atenuação da gravidade da doença diarreica. Assim surgiu a vacina contra o rotavírus.

A vacina contra o rotavírus deve ser administrada em todas as crianças, exceto naquelas que apresentarem imunodeficiências, primárias e secundárias, ou qualquer história de doença gastrointestinal crônica. Essa vacina é aplicada por via oral em duas doses, sendo imprescindível para sua eficácia que os prazos de aplicação sejam cumpridos. 



Para a aplicação da primeira dose:
  • Deve ser aplicada aos 2 meses de idade.
  • Idade mínima de um mês e 15 dias de vida (6 semanas).
  • Idade máxima de 3 meses e 15 dias de vida (14 semanas).
Para a aplicação da segunda dose:
  • Deve ser aplicada aos 4 meses de idade.
  • Idade mínima de 3 meses e 15 dias de vida (14 semanas).
  • Idade máxima de 5 meses e 15 dias de vida (24 semanas).




Referências:

6 comentários:

  1. Existem sete sorotipos diferentes de Rotavirus, mas somente três deles infectam o homem e causam gastrenterite aguda. Essa variedade de sorotipos explica por que a pessoa pode ser infectada mais de uma vez, embora seja possível desenvolver certo grau de proteção cruzada que torna mais leve a infecção por um tipo diferente de Rotavírus. A infecção pode ocorrer em qualquer idade. A estimativa é que até os cinco anos todas as crianças terão pelo menos um episódio de infecção e que uma em cada 300 infectadas pode morrer em consequência das complicações. Nos adultos, a infecção costuma ser mais benigna. Os quadros leves são autolimitados: a infecção dura alguns dias e regride. Os mais graves estão associados à desidratação e podem ter complicações fatais. A vacina contra o Rotavírus é produzida com vírus humano atenuado e não faz parte do calendário do Programa Nacional de Imunizações. Segundo estudos realizados, o grau de proteção não é total e depende de que as duas doses sejam ministradas precocemente. Não há consenso entre os pediatras sobre sua indicação.

    http://drauziovarella.com.br/crianca-2/infeccao-por-rotavirus/

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  2. "O rotavírus é um vírus RNA pertencente à família reoviridae. Existem sete grupos desses vírus, denominados A, B, C, D, E, F e G. O tipo A é o mais comum, sendo responsável por mais de 90% das infecções em seres humanos. Este vírus causa a rotavirose, uma doença diarreica aguda responsável por ocasionar surtos em escolas, berçários, creches e hospitais. É umas das principais causas de diarreia grave em crianças até 5 anos de idade, embora possa ocorrer também em adultos. O rotavírus possui um período de incubação de 4 a 10 dias, mas geralmente menor (um a dois dias).
    Nos casos mais leves, a prevenção da desidratação pode ser feita pela administração de soro caseiro (água com sal e açúcar) ou soro de reidratação oral (SRO) em grande quantidade, visando restabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico perdido com a diarreia. É recomendável aumentar a oferta de líquidos como água, sucos, chás e água de côco para repor a quantidade de líquidos perdida com os vômitos e a diarreia." As informações acima complementam o exposto no texto sobre o rotavírus. Também é válido lembrar que, por estar relacionado mais gravemente às crianças, é reiterado a necessidade de uma alimentação adequada nessa faixa etária, já que o aporte adequado de nutrientes é fundamental na melhora da condição imunológica infantil.
    Referência; http://www.abc.med.br/p/saude-da-crianca/257625/rotavirus+o+que+e+pode+ser+evitado.htm

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  3. De fato os rotavírus são extremamente perigosos, todos os 7 tipos existentes, mas principalmente os 3 que têm a capacidade de infectar o homem e causar diarreia. Eles são excepcionalmente perigosos quando contaminam crianças, sendo que levam a milhares de óbitos de pequenos todos os anos. Tendo em vista isso, a vacinação contra o rotavírus torna-se de extrema importância, sendo que para imunização completa contra este perigoso agente patológico é necessária que a criança tome as duas doses da vacina, tanto a de 2 meses como a de 4.

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  4. Uma das doenças mais comuns e mais 'temidas' pelas mães são as diarréias causadas por vírus. Os vírus que mais freqüentemente causam diarréia são os Rotavírus (50 % dos casos) e os Adenovírus (30 % dos casos). A faixa etária mais comum para este tipo de diarréia é entre os 3 meses e 2 anos de vida, mas todas as idades podem ser acometidas, inclusive os adultos. A criança pode ter diarréia por Rotavírus ou Adenovírus mais de uma vez, pois existem vários "sorotipos" de vírus. O quadro se caracteriza por: mau estar geral, diarréia (fezes aquosas, inúmeras vezes ao dia, sem sangue), vômitos e febre. Eventualmente sintomas respiratórios podem aparecer. A duração do quadro é de 3 a 7 dias em média. O mais importante neste quadros é manter a criança hidratada. Deve-se oferecer uma dieta leve, isenta de produtos industrializados, salgadinhos, frituras, doces, chocolate. O leite deve ser retirado da dieta em alguns casos. Líquidos - água, chá, suco de maçã e devem ser oferecidos continuamente e em pequenas quantidades. Os medicamentos usados são para combater os vômitos e a febre. Não utilizamos remédios para prender o intestino. Em alguns casos os vômitos não cedem com a medicação e a criança pode entrar em estado de desidratação, necessitando internação para reidratação endovenosa. Quando a criança não está vomitando raramente existe o risco de desidratação, mesmo se a diarréia for importante. O mais importante é que sejam tomadas as medidas o mais rápido possível no intuito de evitar a desidratação. As diarréias virais são muito contagiosas (através do contato com saliva e fezes) e os cuidados higiênicos são fundamentais para evitar a disseminação da infecção.

    Referência: http://www.multiplos.com.br/multi-tags/saude/item/68-diarr%C3%A9ia-por-rotav%C3%ADrus-e-adenov%C3%ADrus

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  5. Os rotavírus pertencem à família Reoviridae, gênero rotavírus e são classificados em sete grupos antigênicos: A, B, C, D, E, F e G que causam infecção no homem, em outros mamíferos e aves. Sua importância clínica se deve à relação aos quadros diarreicos agudos. O primeiro achado no homem foi há duas décadas na Austrália, e no Brasil foi associado à detecção de gastroenterite aguda em Belém no ano de 1976. A diarreia moderada ou grave causada pelo rotavírus produz importante impacto na população infantil afetando mais gravemente as crianças abaixo dos cinco anos de idade e tem sido associada como principal causa de surtos de diarréia nosocomial, em creches e pré-escolas. Sua transmissão é oral-fecal por meio de água, alimentos e objetos contaminados, e por pessoa a pessoa. Devido ao seu impacto na população infantil a vacina contra o rotavírus é disponibilizada no Calendário Básico de Vacinação desde março de 2006, com o propósito de reduzir a morbimortalidade nessa população.

    Referências
    http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/758-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/rotavirus/11433-descricao-da-doenca
    http://tele.medicina.ufg.br/files/normasvha/INFORME_TECNICO_DE_ROTAVIRUS_REVISADO.pdf

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  6. No Brasil, ao menos 36 estudos da era pré-vacinal demonstraram que o rotavírus é o responsável por 4,5-44% dos casos de diarreia aguda entre os pacientes internados ou não. Recentemente, na era pós-vacinal, investigações epidemiológicas indicam uma estimativa de 12.513 hospitalizações e 2.475 óbitos associados a este vírus. Como visto, as infecções por rotavírus no trato gastrointestinal continuam a causar doença significativa, apesar da prática de imunização com a vacina atual mostrar importante impacto na redução das taxas de infecção, hospitalização e mortalidade. Contudo, alterações recentes no redomínio de genótipos circulantes podem ter impacto nas vantagens do uso dessa vacina. Assim sendo, uma vigilância constante da circulação de genótipos de rotavírus em pacientes vacinados ou não é necessária para monitoramento da necessidade de atualização de novos genótipos na composição dos imunizantes como forma de garantir a continuidade de sua eficácia.
    Fonte: AMBROSINI VA, CARRARO E. Impacto da vacinação contra rotavírus no Brasil. Rev. de Medicina de Ribeirão Preto, 2012;45(4): 411-18.

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