sábado, 8 de novembro de 2014

Efeitos diarreicos do álcool



De acordo com o Relatório Global sobre Álcool e Saúde, divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em maio deste ano, um dos principais fatores sociais associado ao consumo de álcool é o desenvolvimento econômico. Os países desenvolvidos apresentam consumo de álcool em níveis mais elevados, além de apresentarem as maiores taxas do padrão de beber pesado episódico.


Segundo o Global Status Report on Alcohol and Health, no entanto, o consumo nocivo de álcool está afetando cada vez mais as jovens gerações e os bebedores nos países em desenvolvimento. Fato preocupante, pois são estes países que estão propensos a maiores índices de mortalidade e carga global de doenças atribuídas ao álcool, como cirrose hepática e câncer no esôfago.
O álcool é absorvido no sistema gastrointestinal e nele causa muitas problemas. O álcool é tóxico para o organismo mesmo em quantidades moderadas. Ele causa danos em todas as áreas do corpo que toca, desde a cavidade oral até o intestino. Pessoas que bebem moderadamente podem desenvolver um número elevado de bactérias no intestino delgado e sofrem com problemas como cólicas e diarreias, segundo um estudo da Associação de Gastroenterologia dos Estados Unidos.


Esse aumento na população bacteriana faz que parte dos nutrientes recebidos pela alimentação não seja aproveitada pelo organismo. Os micro-organismos “roubam” esses nutrientes sobressalentes e utilizam em seus metabolismos, provocando o surgimento de gases e de alterações no funcionamento do intestino.




Ademais, o álcool irrita as mucosas do esôfago e do estômago, pode causar alterações nas membranas do intestino e prejudicar a absorção de água. A maior parte do álcool é absorvida pelo intestino delgado, a sua toxidade faz que muitas células intestinais percam a capacidade de absorver água e muitas outras morram. Consequentemente, há um derramamento do líquido do revestimento intestinal que será mal absorvido e resultará em uma diarreia secretora de grande volume.




Referências:

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/10/consumo-moderado-de-alcool-aumenta-risco-de-colicas-e-diarreias. (acesso em 08/11/2014)
htmlhttp://www.minhavida.com.br/saude/materias/13014-saiba-como-cada-parte-do-seu-corpo-sofre-com-o-excesso-de-alcool (acesso em 08/11/2014)
http://www.cisa.org.br/artigo/4429/relatorio-global-sobre-alcool-saude-2014.php (acesso em 08/11/2014)

8 comentários:

  1. O álcool é uma substancia muito antiga, com relatos da fermentação de frutas desde os povos hebreus e o Egito antigo. O seu consumo afeta o sistema nervoso com a liberação de neurotransmissores que causam prazer, desinibição e uma maior sociabilidade, mas seus efeitos danosos aparecem logo depois, principalmente o depressivo. Na verdade, para pessoas saudáveis, o baixo consumo não é muito nocivo, sendo inclusive recomendado em alguns casos, como por exemplo o consumo de um cálice de vinho por dia para prevenção de problemas no sistema cardiovascular. Os problemas mais graves realmente vem com o uso contínuo. No entanto, o álcool é uma substância viciante, e estudos comprovam que realmente existe a propensão ao vício para determinadas pessoas, mas dão dá para saber quem são essas pessoas. Além dos problemas macroscópicos sitados no texto, microscopicamente o consumo de álcool promove a proliferação dos retículos endoplasmáticos lisos das células hepáticas, responsáveis pelo metabolismo de substancias toxicas. O resultado é que o organismo fica mais resistente tanto ao álcool, sendo necessário maior consumo para mesmo efeito, como para outras substancias como anestesias, causando complicações nesse tipo de procedimento.

    ResponderExcluir
  2. Os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que os brasileiros consomem 18,5 litros de álcool puro por ano, sendo, portanto, o quarto país que mais consome álcool das Américas. Ainda segundo a OMS, o álcool causa quase 4% das mortes no mundo todo, matando mais do que a Aids, a tuberculose e a violência. Hoje o impacto no organismo do abuso de álcool é considerado igual ao impacto da dependência em si, o alcoolismo. Altas quantidades de álcool podem causar lesões hemorrágicas na parede do intestino delgado, afetando as contrações do intestino, levando a diarreia. Os efeitos do álcool no intestino delgado desaparecem de 2 a 6 semanas após a retirada do álcool. O uso crônico também pode resultar em anormalidades na forma em que o corpo processa os nutrientes. Baixos níveis de Ferro, Zinco, vitamina E e algumas vitaminas do complexo B são comuns em bebedores pesados, e foram associados com alguns tipos de câncer. Em relação aos níveis de vitamina A, acredita-se que ela tenha propriedades protetoras contra alguns tipos de câncer, mas estão reduzidas no fígado e esôfago dos bebedores pesados. Diarréia após o consumo de álcool não é um efeito de lado a universal. Muitos que bebem não tem episódios de diarréia depois. Por que isso ocorre em alguns e outros não muito provavelmente está relacionada com a sensibilidade de nossos sistemas digestivo individuais ao álcool, juntamente com a quantidade de álcool consumida. Além disso, outros tipos de comida e bebida certamente podem causar ou piorar a diarréia, que já foi causada pelo álcool.

    ResponderExcluir
  3. Quando bebemos uma cerveja ou uma caipirinha, o álcool logo é absorvido pelo nosso sistema gastrointestinal. Ele irrita as mucosas do esôfago e do estômago, alterando as membranas do intestino, prejudicando a absorção. Os resultados podem ser esofagite, gastrite e até diarreia. Já no fígado, o álcool vai alterar a produção de enzimas, aumentando este conjunto de substâncias que serão responsáveis pela metabolização. É como se o álcool forçasse o trabalho do fígado, que fica sobrecarregado. O fígado passa a produzir mais enzimas para metabolizar o etanol e isso culmina com uma inflamação crônica e hepatite alcoólica, podendo evoluir para cirrose. Outro órgão afetado pelo excesso de bebidas alcoólicas é o pâncreas, responsável pela fabricação de insulina e de enzimas digestivas. O álcool pode causar uma inflamação no pâncreas, e essa inflamação pode evoluir para uma pancreatite.
    A pancreatite é uma doença que causa uma forte e repentina dor abdominal, perda de apetite, náusea, vômito e febre. O tratamento é feito em hospitais e inclui medicações para a dor e antibióticos.
    Referência: http://www.minhavida.com.br/saude/materias/13014-saiba-como-cada-parte-do-seu-corpo-sofre-com-o-excesso-de-alcool

    ResponderExcluir
  4. O alcool é uma bebida muito apreciada por milhares de pessoas em todo o globo principalmente devido aos seus efeitos sobre o sistema nervoso. Entretanto, ele também é uma bebida que traz diversas consequências ruins para o organismo e uma delas é o aumento do número de bactérias no intestino delgado, fazendo a pessoa sofrer com problemas como cólicas e diarreias, o que é algo bastante incômodo. Além disso, aumento do numero de bactérias intestinais faz com que não absorvamos todos os nutrientes que ingerimos e o alcool também irrita as mucosas do esôfago e do estômago. Dessa forma é preciso um maior cuidado por parte das pessoas quando forem ingerir alcool.

    ResponderExcluir
  5. Dados da OMS indicam que 57,7% da população do Brasil tomam algum tipo de bebida alcoólica, destes, 34% optam pela bebida destilada, enquanto 60% pela cerveja e 4% vinho. As bebidas destiladas, dentre as quais a conhecida cachaça, possuem alguns dos maiores teores de álcool, e muitas delas são acessíveis à população por um custo bem pequeno, o que aumenta seu consumo entre classes mais baixas, e, consequentemente, os efeitos nocivos associados à essa substância, como a diarreia. Vale observar que "O metabolismo do álcool nas mulheres não é igual ao dos homens. Se administrarmos para dois indivíduos de sexos opostos a mesma dose ajustada de acordo com o peso corpóreo, a mulher apresentará níveis alcoólicos mais elevados no sangue. A fragilidade aos efeitos embriagadores do álcool no sexo feminino é explicada pela maior proporção de tecido gorduroso no corpo das mulheres, por variações na absorção de álcool no decorrer do ciclo menstrual e por diferenças entre os dois sexos na concentração gástrica de desidrogenase alcoólica (enzima crucial para o metabolismo do álcool). Por essas razões, as mulheres ficam embriagadas com doses mais baixas e progridem mais rapidamente para o alcoolismo crônico e suas complicações médicas."
    Fonte: http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/alcoolismo/alcoolismo-em-mulheres/
    http://top10mais.org/top-10-bebidas-destiladas-mais-consumidas-mundo/

    ResponderExcluir
  6. É um fato controverso como a população continua a fazer uso de bebidas alcóolicas mesmo após a descoberta de tantos malefícios ao organismo que elas podem causar. Trata-se de um alimento-droga, pois possui propriedades que levam à continuação do seu consumo pelo indivíduo. A diarreia é mais um dos malefícios que a bebida pode causar ao usuário, levando a uma perda de líquidos e eletrólitos.

    ResponderExcluir
  7. O álcool é uma droga ! Causa vários problemas de saúde direto para o bebedor como esteatose hepática e cirrose, em casos graves. Entretanto, o maior problema do álcool é a violência no trânsito que ceifa muitas vidas aqui no Brasil. Não bastasse isso, ele é a porta de entrada para as outras drogas.

    ResponderExcluir